domingo, 26 de novembro de 2017

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A importância da NR10



Todos nós sabemos a importância da segurança no trabalho, certo?
Parte da qualificação profissional consiste na busca de novas soluções de segurança tanto para quem está executando o trabalho, quanto para quem irá usufruir como consumidor final.
Segue um vídeo muito interessante com um depoimento muito emocionante.




Acidentes com eletricidade

Muito se fala sobre o perigo ao mexer na rede elétrica de energia, mas afinal, o que ela pode causar?


Dentre centenas de lesões, o contato do corpo humano com a eletricidade pode causar amputações, queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau, além de indiretamente poder causar esmagamentos e lesões traumato-ortopédicas. 

A epidemiologia das queimaduras causadas por eletricidade varia de 1,7 a 20,4% do total das etiologias presentes. Entretanto, esta é diferente de outras pelo fato de acometer estruturas profundas que são fontes de foco de infecção. As queimaduras por eletricidade possuem prognóstico reservado e alta morbidade. A prevenção deste tipo de queimadura é importante para diminuir sua incidência e sua morbi-mortalidade.

A queimadura elétrica é uma lesão ocasionada por uma corrente elétrica que passa pelos tecidos. Esta é parte dos adventos da sociedade moderna, causando lesões graves que afetam a qualidade de vida de vários pacientes. Estas lesões envolvem, geralmente, adultos jovens e contribuem por 1,7 a 20 por cento de todos os tipos de queimaduras1-5. As queimaduras elétricas diferem das outras etiologias de lesão térmica, com exceção das queimaduras ocasionadas por raio, por ter a tendência de acometer uma superfície corporal relativamente pequena, mas causando invariavelmente lesões em estruturas profundas6.

As lesões por eletricidade podem ser categorizadas em queimaduras tipo "flash", queimaduras em arco e queimaduras elétricas diretas ou verdadeiras. Cada uma delas possuindo sua característica clínica e prognóstico7. Estas lesões ocorrem no percurso da corrente entre os pontos de saída e de entrada. A voltagem e a amperagem são os fatores mais importantes que determinarão a extensão e a profundidade da lesão tecidual. Podemos diferenciar em queimadura de alta e baixa voltagem, tomando como ponto de corte os 1000 volts8.

As queimaduras de baixa tensão (abaixo de 1000 volts) ocorrem frequentemente no domicílio, acometendo crianças e, quando ocorre em adultos, está relacionada geralmente a acidentes de trabalho1,6. As lesões por alta voltagem (acima de 1000 volts) ocorrem em ambiente externo domiciliar, em jovens do sexo masculino, que entram em contato com linhas de alta tensão suspensas ou subterrâneas6. As causas das lesões neste segundo grupo são pessoas que realizam caminhadas, que vão colher ferro em depósitos de energia abandonados e que fazem ligações ilegais a linhas de transmissão para furtar energia1.

As lesões causadas por choques de alta tensão caracterizam-se por ser um tipo de lesão que constitui uma pequena proporção das lesões elétricas e que pode causar alta morbidade, quando comparada às lesões de baixa voltagem1,9.

A taxa de mortalidade de todas as queimaduras varia de 3 a 14%6. O trauma por alta voltagem envolve um espectro de injúrias, que variam desde lesões de partes moles e neuromusculares até aquelas potencialmente fatais, como parada respiratória por tetania muscular, fibrilação ventricular que pode levar a parada cardíaca e perda de consciência10. Devido a isso, as lesões causadas por alta tensão têm morbidade grave, resultando, às vezes, em amputações e reconstruções extensas envolvendo procedimentos múltiplos e complexos2,6.

Fatores que determinam a forma e a gravidade da lesão por eletricidade incluem amperagem, resistência do corpo no ponto de contato, tipo e magnitude no trajeto da corrente e duração do contato. A corrente elétrica que passa através dos tecidos transforma a energia elétrica em calor, isso explicado pela Lei de Joule. As Leis de Ohm e de Joule determinam a quantidade de calor produzido. A Lei de Ohm afirma que a corrente elétrica que atravessa os tecidos é determinada pela voltagem dividida pela resistência. A resistência dos tecidos aumenta progressivamente, indo do nervo para o sangue, vasos, músculo, pele, tendões, tecido adiposo e osso. O osso possui a maior resistência, que gera, dessa forma, mais calor quando comparado a outros tecidos. No entanto, a duração e a amperagem da corrente elétrica são os principais determinantes da lesão1,9.

O trajeto da corrente através do corpo é um determinante importante da extensão da lesão. Há pontos de entrada e saída, mas, às vezes, é impossível distingui-los. Quando a eletricidade passa através do tórax (mão para mão, mão para pé), considera-se uma lesão mais perigosa que quando comparada a lesões somente em membros, pelo fato da primeira atravessar a área cardíaca. O ponto de entrada mais comum é a mão e o ponto de saída, o pé. De acordo com a literatura, o ponto de entrada mais frequente é a mão, seguida pela cabeça1,8.

Na avaliação inicial, muitas lesões associadas podem existir, compreendem lesões ortopédicas, como fraturas de fêmur, cintura escapular e coluna cervical e luxações; lesões por explosão, como trauma abdominal e ruptura de membrana timpânica; problemas cognitivos, como distúrbios do sono, falta de memória, déficit de atenção, cefaleia, irritabilidade, inabilidade de argumentação; parestesias, depressão e espasmos musculares, lesões inalatórias, catarata, lesões gastrointestinais; como úlceras de estresse em duodeno ("úlcera de Curling"); insuficiência vascular, principalmente síndrome compartimental, disseminação intravascular disseminada; lesões neurológicas, distrofia simpática reflexa, lesões cardíacas e renais. É importante saber, quando a paciente é do sexo feminino, se ela está grávida9,11,12. Um estudo revelou que há uma taxa de mortalidade de 73% de morte fetal após gestantes terem sido acometidas por pequenas lesões elétricas13.

As lesões de baixa voltagem levam mais frequentemente a arritmia cardíaca que o grupo da alta voltagem. Entretanto, as lesões causadas por alta voltagem acarretam em mais tratamentos, que exigem procedimentos cirúrgicos invasivos (amputações, desbridamentos e enxertias), embolismo pulmonar, empiema de cotovelo e calcificação heterotópica2.

O desbridamento dos tecidos necróticos deve ser feito precocemente. Áreas bem delimitadas de tecido necrótico estão associadas aos pontos de entrada e saída e devem também ser observadas. A avaliação completa da lesão tecidual e da necrose vascular resultante de corrente elétrica é melhor realizada em 8 a 10 dias após ocorrido o incidente. As indicações para amputação são sinais de lesão tecidual profunda (membro não viável) ou foco séptico. Estes sinais são edema, alterações isquêmicas, perda motora ou sensorial, queimadura de terceiro grau através do trajeto da lesão sem evidência de queimadura por chamas na mesma área, deformidade em flexão persistente e foco infeccioso.

Se a extremidade é claramente não viável, a amputação deve ser feita no primeiro momento possível. O tempo da amputação é considerado precoce quando realizado em menos de 72 horas da admissão hospitalar2,6.

Apesar dos mais recentes desenvolvimentos no manejo clínico e cirúrgico do trauma elétrico de alta voltagem, este tipo de lesão continua a apresentar taxas elevadas de morbidade. Nas lesões de extremidades, a incidência de sequela neurológica e taxas de amputação podem alcançar 70%, ainda que técnicas de desbridamento e descompressão sejam utilizadas2,10. Consequentemente, somente 5% dos pacientes que sofrem trauma elétrico de alta voltagem (mais de 1000 volts) são aptos para retornar a seu trabalho10. As lesões elétricas têm alta morbidade e baixa mortalidade quando comparadas a outras etiologias de queimaduras. O custo médio da internação de um paciente queimado por eletricidade é de US$ 14.9012.

As maiores sequelas são limitação motora (dificuldade de caminhar e uso de próteses), lesões neurológicas permanentes (parestesias, paresias e tonturas) e o aspecto estético do paciente.

O problema na prevenção destas lesões é como ensinar e treinar as pessoas sobre os riscos potenciais de linhas de alta voltagem e adequar seu comportamento próximo destas áreas. Outro problema é a falta de sistemas elétricos subterrâneos com isolamento em países em desenvolvimento, onde a incidência destas lesões é elevada. Consequentemente, as pessoas devem ser alertadas das lesões que a eletricidade ocasiona por meio da mídia e de campanhas da prevenção.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

10 dicas para diminuir o risco de acidentes elétricos


Você sabia que entre 2013 e 1016 o índice de acidentes elétricos que causam incêndios por fiação elétrica mais que dobrou?

Segundo informações obtidas do Anuário Estatístico Brasileiro dos Acidentes de Origem Elétrica 2017, da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), o Brasil contabilizou 1.394 ocorrências de curto-circuito com incêndio entre 2013 e 2016.

No último ano, foram 600 mortes confirmadas por danos elétricos.
O grande fator assustador é que em quase 100% destes casos, o incêndio teve como origem o aquecimento ocasionado por curto circuito ou sobrecarga elétrica.

No entanto, a Abracopel ainda admite que essa incidência é contabilizada apenas entre os casos que são levados à seguradoras e que o número real de acidentes e incêndios possa ser de três a cinco vezes maior do que o constatado.
O cenário fica ainda mais preocupante quando vem a constatação de que somente 29% das residências brasileiras foram erguidas com projeto elétrico e mais da metade não tem fio terra.

E você já deve ter percebido que o prejuízo em caso de incêndio doméstico é mais do que uma dor de cabeça, né? Além das perdas materiais, muitas vidas podem estar em risco.

Que tal seguir as nossas dicas para diminuir os riscos com acidentes elétricos e evitar problemas com a sua fiação elétrica?

  • Aquecedores, fornos, secadores, ferros elétricos… nunca deixe ligado por muito tempo equipamentos que emitem calor. Como eles exigem uma grande quantidade de energia, mantê-los ligados por muito tempo pode ser um baita perigo.
  • Instalações elétricas devem ser feitas por mão de obra especializada. Esqueça a ideia de “dar um jeitinho” ou de fazer ligações clandestinas. Além de crime, pode ser extremamente perigoso.
  • Eletricidade e água podem ser uma dupla mortal. Nunca deixe fios condutores soltos próximo a ambientes úmidos. Após o banho, evite usar barbeadores e secadores com o chão molhado e use sempre uma sandália de borracha quando for utilizá-los.
  • Quando for fazer qualquer tipo de manutenção elétrica, primeiro verifique se a chave geral, ou disjuntor, está desligado. Caso não esteja, você pode sofrer um choque enorme e ainda provocar curto-circuito na casa.
  • Não sobrecarregue réguas e extensões elétricas. Esqueça a ideia de usar vários adaptadores para ligar vários equipamentos na mesma fonte de energia. Ela pode se sobrecarregar e causar faíscas que podem virar um incêndio incontrolável.
  • Observe as terminações elétricas. Cabos descascados, interruptores derretidos ou enferrujados precisam de manutenção urgente!
  • Se você notar constantes quedas de energia ocasionadas pela queda do disjuntor, procure seu eletricista de confiança. Isso pode indicar que cabos de energia estão velhos e precisam ser substituídos o quanto antes.
  • Em casa que tem crianças, jamais deixe tomadas sem proteção e cabos elétricos à mostra. Elas podem se ferir gravemente.
  • Durante o banho, nunca mude a chave de temperatura com o chuveiro ligado. Como o aparelho demanda alta energia, a mudança brusca pode ocasionar uma descarga ainda maior de energia. E se você estiver molhado e com os pés descalços, já sabe, né? Pode ser fatal!
  • Nunca deixe seu carregador de celular conectado à tomada por muito tempo e procure sempre utilizar o carregador original. Equipamentos piratas não passam por inspeções de segurança e podem causar sérios problemas elétricos.
Esperamos que essas dicas tenham sido úteis pra você! Agora, mãos à obra com esses cuidados e boa sorte com a segurança da sua casa!

Choque elétrico mata em média dois brasileiros por dia


Números divulgados nesta quinta-feira (4) pela Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade) alertam para os riscos que as famílias brasileiras têm dentro de casa.

Em 15 meses (janeiro de 2016 a março de 2017), o País teve 782 mortes relacionadas à eletricidade (choque, raios e incêndios por curto-circuito). Isso representa uma média de duas mortes por dia nesse período.
Desse total, 236 mortes (30%) ocorreram dentro de casa. Ou seja, um caso a cada dois dias, em média. 

Muitos dos choques fatais também ocorrem por pessoas que fazem obras próximas à rede elétrica ou que tentam fazer ligações clandestinas em postes, por exemplo. 
Levando em conta apenas o ano de 2016 (com 592 mortes), o aumento dos acidentes de origem elétrica foi de 5,7% maior em relação ao ano anterior, totalizando 1.319 casos.

O Nordeste foi a região que mais teve casos: 271; seguido do Sudeste, com 116; e do Sul, com 109.
Em mais de 10% das mortes por choque — incluindo dentro de casa — em 2016, as vítimas tinham entre 0 e 15 anos.

"A garotada de hoje em dia nasceu tecnológica, é o dia inteiro com tablet, computador, videogame na mão, põe tomada, tira tomada. Se não tiver o dispositivo correto, a chance [de choque] é gigante", diz Edson Martinho, diretor-executivo da Abracopel.
Ele observa a necessidade de atenção para o uso de benjamins, T ou filtros de linha. 

"Trata-se de um dispositivo derivador técnico provisório. O problema desses dispositivos não são eles, é como se usa. Uma tomada tem um limite para ser usada", diz. 
Martinho explica que uma tomada comum em São Paulo suporta cerca de 1.000 watts. Ou seja, ligar equipamentos que consomem muita energia, como uma geladeira e um micro-ondas na mesma tomada podem colocar a corrente elétrica em risco. 

Veja quais são as principais causas de acidentes elétricos

Queimaduras, tonturas, formigamento, contração muscular, perda de sentidos e até morte, estas são algumas das consequências que um choque elétrico pode causar. Tudo vai depender da área do corpo humano em contato com o condutor, a intensidade da corrente elétrica, o percurso que a corrente elétrica fará no corpo e o tempo de duração do choque.
O choque elétrico ocorre quando o contato entre um corpo (humano ou animal) e um condutor eletricamente carregado é feito. Neste momento o corpo recebe uma descarga de corrente elétrica fruto da diferença de potencial entre fase (condutor) e terra.

Percursos da corrente elétrica em contato com o corpo humano.
Fonte: FUNDACENTRO. Instalações Elétricas Temporárias em canteiros de obras, 2007.

Números para refletir

De acordo com a ABRACOPEL – Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade -, 2014 apresentou um aumento de 17,7% no número total de acidentes envolvendo eletricidade em relação ao ano de 2013. Só nos casos de fatalidade em relação ao choque elétrico, o índice subiu mais de 6%. Ou seja, em 2013 ocorreram 592 casos de acidentes fatais com eletricidade e no ano passado o número subiu para 627 mortes. Os homens ainda são maioria esmagadora, com 560 casos contra 67 de acidentes fatais em que as vítimas são mulheres.
Abaixo um gráfico que mostra os acidentes fatais por choque elétrico mês a mês. Fevereiro é o mês com maior número de casos e agosto, o menor.

Outro dado importante levantado pela ABRACOPEL é o que se refere aos locais em que as pessoas sofrem tais acidentes. Se observarmos no gráfico abaixo, o local que se destaca é o ambiente residencial com 180 mortes.

As principais causas e prevenções contra acidentes elétricos
Existem inúmeras maneiras de ocorrer um acidente envolvendo eletricidade. Abaixo listamos algumas das mais comuns e como preveni-las. Lembre-se: fique atento a qualquer suspeita de perigo em redes e instalações. Em caso de dúvida, alerte um profissional qualificado ou as autoridades competentes.

Primeiros passos

Entender a causa dos acidentes elétricos e o risco que eles podem causar é o início para pensar em formas efetivas de proteção. Na dúvida sempre contate um especialista para ser orientado ou para realizar o serviço.
Estava ciente dos riscos que a sua rede elétrica poderia apresentar? Deixe sua opinião nos comentários e sinta-se à vontade para expressar suas dúvidas a respeito!